sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sinônimo de amor

Quantas noites eu perdi em vão, tentando pensar em um único motivo.

Ainda me lembro com clareza quando vieste a minha casa, sorrateira, e encontrou-me toda desalenta, com lágrimas nos olhos, o sofrimento palpitando em cada batida do coração. Nós nos encaramos por longos segundos e, então, eu desabafei sobre minha sina, sobre meu pesar. Contei cada vírgula de minha história, cada culpa presente nas lágrimas que eu chorava...

Ah, querida, eu tinha um grande amor. Guardava por ele os sentimentos mais belos e sinceros deste mundo tão podre, reservava cada traço de felicidade que meu ser era capaz de sentir para o dia em que nossas mãos se entrelaçassem, nossos lábios se tocassem, e o tudo se tornasse apenas um... Mas esse dia não chegou. Assisti a tua partida, tua felicidade tão longe da minha... Não pude suportar e... Com minhas próprias mãos, arranquei meu coração ensangüentado de dor e o lancei para longe em meu leito, ainda batendo, quando tu, minha amiga, encontrou-me ali. Disseste-me que minha vida era podre de solidão, que tal desejo desesperador de ter meu grande amor havia me deixado louca. E, por fim, quando meu sangue já escorria pelo lençol branco e pingava no chão em poça, tu me contaste o verdadeiro propósito de tua visita... Era o que eu desejava ardentemente, acabar com aquela dor, aquele sofrimento, mas eu não estava pronta. Assustei-me, temi minha partida, e tu, minha querida morte, tu disseste que me deixaria ficar... Com a condição que eu te disseste um único motivo para isso.

Não tenho motivos, minha amiga. Tudo o que eu tenho feito é chorar e torturar o meu coração já arrancado com memórias e decepções antigas. Minha vida não continuou sem meu amor e agora só espero ser levada. Mas... Talvez tu tenhas razão ao afirmar que estou louca. E não é disso que o mundo é feito? Pessoas loucas procurando por objetivos ainda mais insanos e que no final... Todas receberão a sua visita. Deixe-me colocar o meu coração de volta enquanto eu busco pelo meu grande amor, para que, então, ele bata dolorido dentro do peito, lembrando-me o quão insana é a minha busca. E lembrando-me também que mais cedo ou mais tarde ele será arrancado, mesmo que desta vez não seja pelas minhas mãos...

Veremo-nos em breve...

Solidão.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Olha quem resolveu aparecer =D

Responsabilidades...

Eu não sei bem se é isso que esta me causando um friozinho na barriga. Talvez sim, talvez não. Há tantas coisas em minha cabeça que eu simplesmente não consigo pensar com clareza. Achei que eu jamais seria adicionada à famosa estatística dos que se desesperam quando o vestibular se aproxima. Não que eu esteja tão desesperada a ponto de pirar, mas há um rebuliço interno que está me incomodando há dias...

Acho que estou escrevendo pouco, também. Há uma séria de sentimentos contidos em mim que há muito pedem para serem jogados em palavras. Mas há certa pressão interna, agora... Uma necessidade de perfeição que eu não possuía antes. Provavelmente chama-se insegurança. Deve passar até o fim da semana, ou talvez me acompanhe por muito tempo ainda.

Haha, aqui estou eu delirando de novo...!