quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Rua Lado Esquerdo do Peito.
domingo, 24 de julho de 2011
Despedida
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Caixinha de sonhos
Onde estão meus sonhos?
Lembro-me que eu costumava escrevê-los em pequenos pedaços de papel, descrevendo cada detalhe, cada pedacinho dele com a minha letra mais bonita. Esperava eternizá-los com aquele gesto, certa de que no final das contas aquelas palavras se tornariam reais... Mas então, eu os relia, e, frustrada com a utopia criada, trancava-os em minha velha e silenciosa caixinha de lembranças...
Hoje eu resolvi abrir a caixinha. Haviam tantas mensagens que fiquei perdidas ao tomá-las em minhas mãos. Ali estavam anos de escrita, anos de utopias criadas pela mente esperançosa de uma criança. Elas estavam velhas, gastas, esquecidas, quase desisti de abri-las por medo de que se desfizessem em minhas mãos... Aqueles sonhos tão frágeis, tão adoecidos... Acabei por abrir o primeiro deles, movida pela curiosidade de relembrar os meus velhos sonhos. E... Puxa! Como fora bom sonhá-los! Como fora bom acreditar neles enquanto os escrevia! Eu tinha até me esquecido de porquê o fizera... Mas ali, enquanto relia cada bilhete, senti minha caixinha vibrar, pulsar novamente dentro do peito em um compasso antigo do qual eu mal podia me lembrar...!
O sangue correu renovado em minhas veias quando eu comecei a reescrever os meus sonhos... Mas, desta vez eu vou endereçá-los, vou compartilhá-los com o mundo e torná-los cada dia mais reais para mim...
terça-feira, 3 de maio de 2011
Your secret
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Abra as asas...
E no dia em que os ventos do norte me fizerem levantar vôo e partir para completar a minha vida, terei lembranças das chuvas que enfrentei sorrindo com meus amigos; das águas nem tão doces, que provamos juntos ; das sementes que caçamos, limpamos e depois nos banqueteamos debaixo da lua prateada. Lembrar-me-ei dos amores que tive, que não me julgaram pela aparência e simplesmente me aceitaram no bando, do jeitinho que sou. Lembrar-me-ei do arco-íris tão lindo, que me orgulho em tê-lo tecido com meus amigos, mesmo quando os dias eram os mais nefastos. Enquanto tu, andorinha... Tu se lembrarás das costas de teu bando e do esforço que tinha que fazer para alcançá-los, tudo só porque pareciam mais atraente, mais fáceis de conviver.
Ah, o dia que tua voz se fizer rouca e tuas penas deixarem teu corpo para que as novas surjam, não haverá uma asa amiga que te carregue, porque passarinho depenado não segue o bando...